Obra escrita por um dos protagonistas da Restauração de 1640 – General Luís de Meneses, 3º Conde da Ericeira (1632-1690). O livro acima é o primeiro volume. O segundo pode ser acessado através do link abaixo:https://archive.org/details/historia-de-portugal-restaurado-tomo-ii-general-luis-de-meneses-3o-conde-da-ericeira-1698Luís de Meneses foi o arquétipo do servidor público dedicado. Lutou pela independência política de Portugal na guerra, participando de sucessivas batalhas (1640-1668). Depois consolidou a independência econômica da nação na paz, impulsionando sua industrialização, ao assumir o cargo de Vedor da Fazenda (1675-1690). Para tanto, implementou as propostas do seu velho amigo, Embaixador Duarte Ribeiro de Macedo, autor do livro "Discurso sobre a introdução das artes no Reino" [1]. Ambos trocavam cartas com freqüência [2].Para ter noção das alturas que Portugal galgou sob direção do Conde, leia-se o que escreveu a respeito dele o miguelista José Acúrsio das Neves:"O seu primeiro cuidado foi o restabelecimento da paz com Castela, que conseguiu em poucos meses; o segundo foi a criação das manufaturas, a que se aplicou com todas as forças. Foi pela primeira vez que as fábricas se viram a prosperar em Portugal a ponto de fazerem sombra às nações estrangeiras" [3].Católico devoto, militar corajoso, gestor nacionalista, o General Luís de Meneses ocupa lugar dos mais distintos na História de Portugal. Dos seus atos e escritos devemos tomar nota com a maior atenção, para que não nos desviemos da rota do dever.NOTAS:[1] O livro de Duarte Ribeiro Macedo pode ser acessado por meio deste link:https://archive.org/details/discurso-sobre-a-introducao-das-artes-no-reino-obras-ineditas-de-duarte-ribeiro-[2] LUZ, Alex Faverzani da. A política de incentivo às manufaturas têxteis em Portugal século XVII: dos discursos de Duarte Ribeiro de Macedo à gestão do 3º Conde da Ericeira. Trabalho apresentado no II Seminário Internacional de História Medieval e Moderna, realizado na Universidade Federal de Goiás, de 8 a 10 de junho de 2016.[3] NEVES, José Acúrsio. Variedades sobre objetos relativos às artes, ao comércio e às manufaturas, Tomo II. Lisboa: Impressão Régia, 1817, p. 316.